O SESI Amapá iniciou a fase de execução de um projeto que integra as áreas de Saúde e Educação, ambas ofertadas pela instituição, em benefício de crianças neurodivergentes. A ação é financiada pelo Conselho Nacional, por meio de projeto aprovado no Conexão SESI, e atenderá alunos de 4 a 12 anos da Escola SESI Visconde de Mauá, em Macapá.
Chamado de Saúde e Cuidado na Neurodiversidade, o projeto tem como objetivo promover a inclusão e o desenvolvimento integral de crianças e jovens com neuroatipicidades da comunidade escolar. A iniciativa contará com um atendimento multidisciplinar nas áreas de Fonoaudiologia, Psicologia, Nutrição e Educação Física, buscando aprimorar as habilidades sociais, emocionais e de aprendizado dos participantes.
“Anualmente, recebemos um número significativo de alunos com laudo, e diante desse cenário, é essencial que o SESI, por meio da unidade de Saúde, apoie as instituições de ensino, em especial a Escola SESI, cumprindo o papel de vanguarda na oferta de suporte especializado a esse público”, destaca a coordenadora de Promoção da Saúde, Kat Kalissa.
A seleção dos alunos foi realizada em parceria com a equipe pedagógica da Escola SESI e nesta primeira edição, foram escolhidos estudantes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Síndrome de Down, Transtorno Opositivo Desafiador (TOD), entre outros. “Essa é a primeira edição e vamos atender cerca de 80 alunos. A proposta é expandir o projeto gradualmente, aumentando a capacidade de atendimento e ampliando a faixa etária contemplada”, complementa Kat Kalissa.
Após a seleção, o SESI Amapá enviou uma carta-convite aos pais e responsáveis para formalizar a participação das crianças. Em seguida, foi realizada uma reunião para apresentar os detalhes da iniciativa e esclarecer eventuais dúvidas. Durante o encontro, também foi entregue o Passaporte da Saúde, um documento que indica as etapas e atividades que cada aluno deverá cumprir ao longo do projeto.
Deaizia Nunes estudou na Escola SESI Visconde de Mauá na década de 1980 e hoje vê seus dois filhos, ambos neurodivergentes, frequentando a mesma instituição. Para ela, o projeto representa um avanço importante. “Eu tenho dois filhos na Escola SESI e, no passado, desejei muito que algo assim existisse. Ver essa ação acontecer confirma que fizemos a escolha certa”, afirmou.
A mãe relata que enfrentou dificuldades em outras escolas na aceitação da condição dos filhos, especialmente de um deles, que possui nível de suporte 2. “Aqui, meus filhos foram acolhidos com carinho pela equipe interna e pelos profissionais de apoio. Isso foi transformador para mim, mas principalmente para eles. Pela primeira vez, vi meu filho dançar e cantar em uma atividade do Dia dos Pais. Esperei dez anos por esse momento, e ele aconteceu aqui”, contou Deaizia.
Treinamento da equipe
Para garantir a qualidade da execução, as equipes de Saúde e Educação do SESI participaram de um treinamento voltado à padronização de informações e definição de estratégias de atendimento para cada especialidade.
A formação reuniu cerca de 15 profissionais das áreas envolvidas, que atuam tanto na Escola SESI quanto na Clínica de Saúde. O encontro também serviu para alinhar o fluxo de atendimento, fortalecer o trabalho integrado entre os setores e assegurar que cada criança receba o suporte adequado às suas necessidades específicas.
Atendimento aos alunos
A próxima etapa do projeto consiste nos atendimentos, que ocorrerão nos dias 7 e 8 de novembro, nos horários da manhã e tarde, na Clínica de Saúde do SESI. As atividades serão organizadas por faixa etária e divididas em três estações: SESI Clínica, com atendimentos de enfermagem, nutrição, psicologia e fonoaudiologia; SESI Esportes, com atividades aquáticas, oficina de nutrição e circuito motor; SESI Descompressão, que contará com sessões de mat pilates, jiu-jitsu e oficina de dança.
A cada atividade concluída, o aluno receberá uma estrela no Passaporte da Saúde. Ao final do circuito, após completar todas as etapas, poderá retirar um brinde simbólico em reconhecimento à sua participação.
Kat Kalissa destaca que, a partir da ação, se espera a melhoria no desenvolvimento de habilidades sociais, de comunicação, emocionais e motoras dos alunos atendidos.
“Por meio Saúde e Cuidado na Neurodiversidade, estamos promovendo uma maior inclusão escolar, o que se dá pelo aumento da a participação dos alunos neuroatípicos nas atividades escolares e sociais, promovendo um ambiente mais acolhedor e integrador para todos. Mas muito além disso, também estamos fortalecendo as relações familiares, a redução de barreiras e a qualificação da equipe pedagógica para atender a esta demanda”, finaliza a gestora.
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